– Sobre Faixas Etárias nas Classes EBD (MG.Educação Religiosa) dia 3
Características comuns a cada faixa etária que precisam ser entendidas para que melhor se possa atender, ensinar, treinar, e liderar na obra do Senhor
Infantil 3 a 5 anos... 1.compreende e interpreta o mundo a partir do próprio corpo ou experiência ou imitação de adultos; 2.aprende regras pelo exemplo e afetividade dos pais; 3.descobre seu papel sexual pela imitação e curiosidade pelo seu corpo e dos pais, querendo ser o “homenzinho da mãe”, ou casar com o pai quando crescer; 4.quer explicações para seu desenvolvimento social; 5.gostam de falar de 1500 a 2000 palavras, não precisando mais de raivas para desejos e frustrações; 6.tem pensamento separado da ação; 7.a maioria é teatral; 8.já organizam coisas em categorias simples, sem distinguir muitas variações; 8.já relacionam imagens com significados como desenhos estilizados; 9.rabiscam palavras e aprendem a ler; 10.não são capazes de desconstruir arranjos ou fatos para entender como aconteceu; 11.ainda aceitam que coisas acontecem por mágica, e que objetos têm alma; 12.atraídos por livros de figuras; 13.gostam de aprender canções; 14.apreciam quadros negros; 15.espiritualmente lidam com desobediência a partir de regras estabelecidas pelo pai; 16.elementos fundamentais da vida espiritual se estabelecem nesta idade como disciplina, respeito pela autoridade, auto-controle, Bíblia, Oração e Igreja, principalmente pela observação e prática familiar.
Infantil 6 a 8 anos... 1.tem consciência de si na sociedade e nos grupos, inclusive na família; 2.reorganiza seus afetos, não gosta de muito carinho, esfriando o relacionamento familiar, buscando os amigos da mesma idade; 3.substitui brincadeiras individuais por coletivos (separado do sexo oposto, valorizando a honestidade e a fidelidade), e mais complexos (de ação, imitação, mesa, criatividade, invenção, coleção), buscando mostrar bom desempenho, sendo maus perdedores; 4.passam a competir contra o sexo oposto, determinando seu papel sexual; 5.aumenta a força física e a destreza, mas diminui a impulsividade; 6.a atividade física se alterna com a mensal e o rendimento escolar melhora; 7.tornam-se mais lógicas e realizam processos lógicos elementares; 8.organizam mentalmente as coisas em classes e séries; 9.sabem observar a transformação de objetos e desmontar fatos percebendo causas e conseqüências; 9.encerra a fase pré-caligráfica, tem postura melhor, mais distante do papel, tem visão mais ampla não precisando ver de perto o movimento da mão, nem mover o corpo para escrever; 10.tem escrita legível, leitura interpretativa, compreende exposição oral, e relata vivências e observações; 11.sabem somar, subtrair, se interessar pelo passado e futuro, ter curiosidade pelo mundo em geral; 12.mostram-se potenciais para artes, esportes e ciências; 13.têm pudor, maior consciência da sexualidade, e comparação desfavorável com o corpo adulto; 14.tem senso crítico e faz julgamentos morais; 15.espiritualmente compreendem o pecado contra o próximo e percebem os prejuízos para os relacionamentos; 16.entendem o que é estar magoado, estar com ciúmes, inveja, ódio, o perdão, paz.
Pré-Adolescentes... 1.não querem ser tratados como crianças; 2.os pais não são mais super-heróis, mas ícones públicos como atores e cantores; 3.ainda tem lealdade à família e as atividades familiares são apreciadas; 4.os amigos ficam mais importantes; 5.são auto-motivados e se concentram melhor; 6.descobrem origem de regras no grupo, sua função social para manter os relacionamentos; 7.passam da aceitação de proibições para o senso de responsabilidade e dever; 8.formam grupos mais organizados e permanentes com um líder; 9.observam melhor o sexo oposto, mas o mantém separado; 10.são autônomos na finalização de tarefas que escolhem, até cansar; 11.pensam por si, e amadurecem seu pensamento lógico com a melhora da memória, racionalizando até o que ilude os sentidos; 12.tem interesse por atividades complexas e jogos de estratégia e reflexão, experimentos, artigos eletrônicos e esportivos; 13.tem realismo no desenho, sabem da utilidade da escrita; 14.escrevem para recordar, planejar e comunicar; 15.se dedicam a atividades solitárias como leitura, desenho e construções; 16.sabem esperar para a satisfação, controlando impulsos e aparentando calma; 17.são menos espontâneos, fingindo e dissimulando; 18.começam a talhar identidade, inclusive sexual, a partir de modelos fora da família; 19.sabe que pode provocar interesse em outros; 20.namoro acontece com conotação mais romântica que física; 21.querem saber o papel do pai na procriação e da mãe na gravidez; 22.são menos egocêntricos, mas ainda egoístas, começam a pensar a partir do outro; 23.são curiosos com o mundo adulto, já que vão entrar nele; 24.compreendem com mais abrangência, a questão do pecado, compreendendo bem o sacrifício de Jesus e a graça da Salvação eterna.
Adolescentes1... 1.Três tensões caracterizam fortemente o início da adolescência conforme Anna Freud: Introversão e extroversão na medida cm que o adolescente se recolhe pressionado pelos desafios das transformações orgânicas e do impacto de sua nova condição social que, por outro lado, busca com grande interesse; Dependência e independência - principalmente no meio urbano onde muitos anos de estudo separam o adolescente de uma para o grupo ou não vive. Nessa idade, conversar se toma mais remuneração suficiente, tempo em que, querendo ser independente, ainda depende dos pais; Fanatismo e apatia - o interesse obsessivo em alguns temas (música, moda, esportes e até religião), e o absoluto desinteresse por outros temas não eleitos. 2.No aspecto social, os amigos assumem importância sem comparação. O adolescente vive para o grupo ou não vive. Nessa idade, conversar se torna mais importante do que brincar. A conversa parece sem fim. Falar e vivenciar as mesmas coisas, em geral, é como o adolescente lida com a construção de sua nova identidade. Na mesma intensidade pelos mesmos motivos para estar junto com os amigos, surgem as inimizades, agressões verbais, desprezo, rejeição e exclusão. Excluir pessoas é uma expressão do valor do grupo e condição para ficar nele: se pertence a um grupo não pode pertencer a outro. 3.Na família, por causa do desejo por independência, há um afastamento, as relações se tomam tensas e aparece o conflito de gerações basicamente a dificuldade de pais e filhos se ajustarem a um novo tipo de dinâmica social. 4.Com o despertar biológico da sexualidade, inicia-se a aproximação heterossexual. Surgem os namoricos e as fofocas relativas. É a idade do pavão quando, no esforço de parecer atraente, a exibição das características sexuais secundárias ocupa o adolescente com horas de espelho, criteriosa escolha de roupas e excessos de maquiagem, adereços, marcas e modelos. Por outro lado, as transformações orgânicas trazem uma fobia da deformidade. Os receios dos meninos se concentram principalmente na forma, tamanho e função do pênis e testículos; o receio das meninas se concentra principalmente no tamanho e forma das mamas. Com o rápido crescimento do corpo, o cérebro perde o mapa corporal que precisa ser refeito, enquanto isso, o adolescente pode parecer desastrado e inapto. A intensa atividade biológica pode ainda causar fadiga e até algumas doenças oportunistas. 5.Cresce a capacidade de questionamento e critica no adolescente, e os vemos protestando e questionando tudo ao seu redor. Seu pensamento lógico avança para a capacidade de formular hipóteses e teorizar, por isso argumentam tanto. Também ampliam a reflexão sobre si mesmos em relação ao ambiente que os cerca, sua posição e importância no todo, procurando posicionar-se de forma autônoma. Assim, seu esforço de identificação com os adultos tem o interesse de mostrar-se capaz para tomar suas próprias decisões. Tantas tensões, transformações e desafios, além da concentração das decisões no centro das emoções primárias, faz com que haja grande instabilidade de humor, repentina timidez, depressão e melancolia. 6.A crise da adolescência é formada pela tensão entre impulsos e restrições. Desejos, interesses, atrações, emoções se intensificam e impulsionam fortemente o adolescente para fazer coisas que a família, a sociedade, a economia ou a religião não permitem. 7.Nessa fase, o adolescente também questiona todos os seus valores e doutrinas, podendo rejeitar aqueles a que se submeteu apenas por imposição dos adultos Adolescentes que não aprenderam a disciplina e o auto-controle na infância podem não passar pela adolescência sem sofrerem muitas conseqüências do pecado.
Adolescentes2... 1.Uma fase de grandes decisões. Um pouco mais calmos e mais objetivos do que entre 12 e 14 anos, os jovens acima dos quinze anos continuam a se aprofundar na transição para a idade adulta, contudo, não podem ser vistos como mini-adultos. 2.O comportamento do adolescente é resultado de um cérebro de adolescente, uma configuração mental que nunca teve e não voltará a ter e que determina seus interesses, seus motivos e ações.3. Confirma-se, por exemplo, a tendência a estar em grupo, já que se refinam as capacidades de reconhecimento das pessoas e as que dão maior habilidade social. Tsso e a crescente capacidade de comunicação transferem o impulso sexual concentrado no próprio corpo para o relacionamento com pessoa do sexo oposto. A perda da identidade infantil e a busca da identidade adulta determinam a separação progressiva dos pais que representam a infância. 4.Enquanto a parte do cérebro que pensa nas conseqüências futuras das ações não fica preparada (é a última a ser desenvolvida), as decisões do adolescente são tomadas na parte do cérebro que cuida das emoções primárias: Medo, Tristeza, Raiva, Ira, Euforia, Paixão, Repugnância. Isso dá grande dramaticidade e muita instabilidade ao comportamento dos jovens e os leva a agir “sem medir as conseqüências”. 5.Nos ajustes que o cérebro sofre, perde-se um terço das células responsáveis pelo sentido de satisfação. Com isso, as coisas que alegravam facilmente a criança, já não estimularão o adolescente e o jovem que, entediado e apático, precisará de mais e maiores estímulos para se satisfazer. Isso, o amplo domínio do corpo agora quase pronto e a urgência em encontrar os limites de sua nova liberdade levarão o jovem aos conhecidos excessos dessa idade. 6.Uma visão mais crítica, maior facilidade de argumentação, a capacidade de “ler nas entrelinhas” fazem com que o jovem, ainda mais do que nos primeiros anos da adolescência, questione as regras, normas, doutrinas e também a si próprio em busca de sua identidade e posição na sociedade, tomando-o um reivindicador em uma cruzada por conquistas sociais. Há também a crescente pressão social para a tomada de decisões determinantes para sua vida (namoro, sexo, estudos, carreira, trabalho, fé). 7.Conclui-se, nessa fase, a orientação sexual. A área do cérebro que processa a matemática e a música faz a trilha sonora para a vida parecer vital. Uma maior ligação entre visão e fala permite ao jovem expressar-se artisticamente. 8.Aprofunda-se uma crise religiosa comum, com a revisão de valores, conceitos e relações. E o tempo em que, junto com muitas outras decisões, o jovem decide também caminho de sua fé. Fecha-se a janela espiritual para a conversão, encaminhando-se as preocupações éticas e espirituais dessa idade. 9 Aqueles primeiros anos da adolescência, quando a escolha do que vestir era o ponto alto do dia, vão ficando para trás, O peso das decisões faz muitos adolescentes quererem recuar em suas reivindicações por mais liberdade. Estudo ou trabalho, exatas ou humanas, namoro ou amigos, sexo ou zombaria, drogas ou exclusão, família ou rua, emagrecer ou comer, emo, gótico, zen, crente ou incrédulo, ecológico ou digital – são tantas as decisões a serem tomadas e tão pouco preparo que se recebe. 10.Além disso, há o fato de o cérebro jovem ainda demorar alguns anos até ser capaz de processar as conseqüências futuras de suas decisões. Assim, é freqüente que as decisões que são tomadas nessa fase causem prejuízos dos quais o jovem se arrependerá logo mais. Na juventude fazem-se coisas que jamais seriam feitas depois. 11. Despreparo para decidir, uma pressão social cada vez maior para tomar decisões importantes, somados ao afastamento de adultos capazes de ajudar, compõe a estrutura de pecado que aprisiona os jovens em vícios, drogas e álcool, gravidez precoce, promiscuidade, homossexualismo, doenças sexualmente transmissíveis, espiral de violência e morte. A evangelização de jovens precisa mostrar o difícil caminho do bem.
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